Era uma segunda de dezembro. Sophia acorda como propaganda de margarina, e pergunta: hoje tem ballet?! Depois de trajada como a Angelina, ultra fofa, bailarina lá vamos nós saltitantes. Mamãe aqui toda orgulhosa, resolve escancarar a mãe coruja que existe. E vira praticamente a porta voz das outras mamis, só faltando à faixa: "queremos ver o ensaio!"
Depois de algumas negociações, professora diz que podemos entrar nos 15 minutos finais da aula.
Começa a música. Começa o espetáculo. Lindo! Mãozinhas para cima, ponta dos pés, caras e bocas para a plateia extasiada. Apenas uma menininha não se levantou. Ficou sentada com a mãozinha na boca.
Quem?! A minha pequena Sophia.
Para contrabalançar a mamãe que era toda exibida e vivia imitando as Chacretes, a minha filha nasceu tímida de marré de si.
Sim, minha cara a amiga, porque os filhos da gente não são marionetes. Eles têm vontade, personalidades e manias próprias.
No final, tipo despretensiosa, perguntei porque não havia dançado. A resposta foi clara: fiquei com vegonha. Disse que não tinha problema, se ela não quisesse se apresentar estava tudo bem continuaria sendo sempre a minha doce bailarina. A resposta foi clara: eu quelo mamãe!
No grande dia avisei ao fã clube familiar: olha talvez ela não dance... Mas quando abre a cortina e vejo a minha pequena respirando fundo e brilhando na coreografia. Me emociono e aprendo o significado da palavra superação.
Ana...a grande vantagem de um blog, a meu ver, é eternizar esses momentos. Lindo texto. E parabéns para a Sophia!
ResponderExcluirDani concordo contigo! obrigada pelo seu carinho.
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